A história de Cristo é bem conhecida pela maioria
da população. Jesus foi filho de Maria, a virgem, teve como pai o carpinteiro
José, nasceu em Belém e foi morar no Egito, ainda criança, para fugir do rei
Herodes. O tempo passou e ele começou a realizar milagres e pregar a palavra de
Deus. Juntou ao seu redor 12 apóstolos e
muitos seguidores. Sua morte, assim como a ressurreição três dias depois,
ocorreu quando ele tinha 33 anos de idade.
Esse é um resumo da história mais conhecida
do Messias. Mas existem outros relatos sobre sua vida. Eles estão descritos nos
evangelhos apócrifos – um conjunto de manuscritos que datam dos primeiros
séculos da Era Cristã e dão diferentes versões sobre o que ocorreu com Cristo.
Uma dessas versões é um possível
relacionamento entre Jesus e Maria Madalena. Pelos evangelhos canônicos –
Mateus, Marcos, Lucas e João – já é possível perceber alguma intimidade entre
os dois. Afinal, foi Maria Madalena quem secou os pés de Jesus com seus cabelos
e, também, a primeira pessoa a vê-lo após a ressurreição.
Os
essênios, os zelotes e o Santo Graal
Mas, antes de continuar, para uma melhor
compreensão sobre a vida de Jesus, é preciso descrever um pouco sobre as seitas
e grupos presentes na Palestina no período que compreende os primeiros séculos
antes e depois de Cristo.
Os grupos dos Saduceus e Fariseus são os mais
conhecidos, pois foram amplamente abordados na Bíblia. Sendo que os Saduceus
formavam a elite judaica e eram próximos do poder romano. E os Fariseus eram
considerados como rabinos, seguiam a lei de Moisés, mas receberam duras
críticas de Jesus.
Outros dois grupos judaicos também eram
importantes na época, eles são os essênios e os zelotes. A seita dos essênios foi
uma das mais misteriosas. Apesar de não constarem na Bíblia, eles eram
numerosos na época em que Jesus esteve vivo. Sua história inicia-se entre os anos
152 e 143 antes de Cristo. Eles viviam em comunidades no deserto entre o Egito
e a Palestina. Trajavam roupas brancas, banhavam-se nos rios antes das
refeições, que eram consideradas sagradas e, por isso, se davam quase como um
ritual. Eram conhecidos, também, por dominarem as técnicas de cura, sendo
ótimos médicos – a própria palavra “essênios” significa terapeutas.
Acredita-se que João Batista assim como o seu
ritual de batismo nas águas do rio Jordão eram essênios. Supõe-se que o próprio
Jesus participava dessa seita e era considerado um de seus mestres, daí uma
explicação para os diversos milagres que teria realizado curando a população.
Pois bem, outro grupo que merece ser abordado
era o dos zelotes, composto por judeus contrários à dominação romana na
Palestina. Essa seita foi responsável por incitar a população contra Roma na
Revolta Judaica, ocorrida no ano 66 depois de Cristo. Mas, ainda enquanto Jesus
estava vivo, o descontentamento contra o Império Romano era perceptível e a capacidade
dele – do Messias – de comover as massas era bem evidente. Conforme o tempo
passava mais gente o seguia e a chance de uma revolta já naquela época era
grande. As autoridades, entretanto, foram mais rápidas e contaram com o
pacifismo de Jesus para prendê-lo e crucificá-lo.
O responsável pela prisão de Cristo foi Judas
Iscariotes. Pelo cristianismo católico e suas diversas ramificações Judas é
visto como traidor. Mas há uma versão sobre a vida de Jesus que afirma que esse
apóstolo era o que melhor compreendia seus ensinamentos e que foi o próprio
Cristo quem pediu para que Judas o denuncia-se. Pois era necessário seguir as
escrituras e Jesus confiou a ele, seu fiel discípulo, essa missão.
Pela história da Igreja, após a crucificação,
Jesus foi retirado da cruz, envolto em um pano branco de linho e deixado em uma
gruta onde teria ficado por três dias. Mas essa versão se difere da prática
comumente adotada para os crucificados pelo Império Romano. O condenado ficava
na cruz até apodrecer. O que leva a crer que, ou Roma ajudou a realizar o que
estava dito nas escrituras, ou houvesse algum plano elaborado para que
deixassem tirá-lo da cruz – mas isso é muito difícil de afirmar 2 mil anos
depois. Porém, fica a dúvida.
Após a ressurreição, Maria Madalena que mantinha
um relacionamento com Jesus foi levada, grávida, por José de Arimateia ao Egito
e, de lá, para o sul da França. Nessa região nasceu a criança que tinha a
linhagem sagrada de Cristo. Surge aí o que seria o Santo Graal ou Sangraal ou,
sendo mais preciso, Sangue Real. O sangue de Jesus Cristo. Mas isso, já é outra
história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário