Uma das nações mais fortes
nesse mundial é a Inglaterra. Seu amor pelo futebol é tão intenso quanto no
Brasil, afinal foram eles que inventaram esse esporte. Mas, fora isso, esse
país tem uma tradição mística muito densa, a começar pelos seus ancestrais: os
celtas. Esse povo habitou o território inglês alguns séculos antes de Cristo.
Mas com a chegada dos romanos e a futura cristianização da Bretanha, eles
desapareceram. Muito da tradição mística da atual religião Wicca é fruto da
cultura dos Druidas, antigos sacerdotes celtas.
Contudo, apesar do
cristianismo na Inglaterra, a antiga religião deixou seus reflexos e permaneceu
na nova cultura bretã. A crença em antigos seres feéricos, como gnomos, duendes
e fadas persistiu, atravessou séculos e hoje faz parte do folclore popular
europeu.
Essas lendas, atualmente, são
aceitas e se pode acreditar, ou não, nelas. Na Idade Média, entretanto, não
havia liberdade para tais crenças. Quem praticasse ou simplesmente cresse em algo
que remetia à antiga religião – também considerada religião da Deusa – seria
julgado pelo Tribunal do Santo Ofício e provavelmente queimaria nas fogueiras
da Inquisição.
Foi assim, dessa forma, que
muitas mulheres morreram acusadas de bruxaria. Mas, na verdade, a maioria delas
possuía um conhecimento sobre ervas e, quando muito, louvavam sua Deusa. Esses
rituais, em homenagem à Grande Mãe, incluíam sexo, oferendas e o culto a outro
deus, o Deus Cornífero. Tratava-se da figura de um bode. Daí para a Igreja
Católica associá-lo ao Diabo não precisou muito. Logo, esses rituais passaram a
ser praticados em reuniões secretas, no silêncio da noite.
Engana-se, porém, quem
acredita que o cristianismo trouxe somente perseguição e censura ao povo da
Bretanha. Na Idade Média, quando a posição de cavaleiro adquiriu um grau de
nobreza, surgiu uma lenda que povoaria a imaginação de inúmeras pessoas ao
longo dos séculos. Afinal, quem não se lembra da imponente Excalibur? Ou senão
de Sir Lancelot do Lago? Isso mesmo. Trata-se da história do rei Artur e dos
cavaleiros da Távola Redonda.
E o que isso tem a ver com o
cristianismo? A resposta só pode ser uma, tudo. A começar pela legitimidade
divina do reinado de Artur. Deus queria que fosse ele. Somente o rei poderia
retirar a espada Excalibur da rocha em que se encontrava. Portanto o reinado
estava destinado por Deus a Artur.
Mas pulemos grande parte da
história desse reinado para inserir a busca pelo Santo Graal. Oras, o Graal
nada mais era do que o cálice em que Jesus bebeu na última ceia e que fora
utilizado por José de Arimateia para guardar e transportar o sangue de Cristo.
Conta a lenda que Jose de Arimateia teria saído de Jerusalém e viajado até a
Inglaterra carregando consigo o cálice sagrado. Onde o objeto se encontra,
porém, é uma grande dúvida.
A procura pelo Graal motivou
os cavaleiros de Artur a saírem em busca de aventuras nos mais distantes pontos
do reino. A Távola Redonda, local de encontro dos cavaleiros, era usada pelo
menos uma vez por mês e, nela, havia uma cadeira destinada ao cálice sagrado.
Pela lenda três cavaleiros
encontraram o Santo Graal. Mas, na realidade, se há mesmo um cálice contendo o
sangue de Cristo não se sabe. Existem inúmeras especulações. Uma delas, famosa
pelo livro O Código Da Vinci, diz que o Graal é a linhagem de Cristo, que teria
se casado com Maria Madalena e com ela teve uma criança. Após a crucificação,
Maria Madalena teria viajado com a criança para o sul da França e dado início à
Dinastia Merovíngia. Coube aos cavaleiros Templários guardar a linhagem sagrada
e mantê-la em sigilo.
Essa é apenas uma das inúmeras
histórias que podem ser contadas sobre o folclore e mitologia bretã. Há muito
ainda a ser lembrado e relatado aos que se interessam pelo assunto. É o que
tentaremos fazer aqui nesse Blog.
Obrigado pela sua leitura e
não deixe de enviar um comentário.
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