Existe um livro apócrifo chamado
de O livro da penitência de Adão. Nele há a história do que foi feito com a
Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e da Árvore da Vida. Na verdade, elas
formavam uma única árvore e um anjo deu a Set, terceiro filho de Adão, três sementes dela,
que foram postas na boca do primeiro homem quando ele morreu.
No lugar onde fora enterrado,
nasceu a moita ardente utilizada por Deus para conversar com Moisés. Dessa moita,
Moisés pegou a madeira para fazer o seu cajado. Porém, mesmo separada da planta
sagrada, essa vara não deixou de viver e florir, foi guardada na arca da
aliança e plantada por Davi no monte Sião.
O rei Salomão, quando da
construção do Templo, utilizou a madeira tríplice dessa árvore, plantada por Davi,
para fazer as duas colunas da entrada do templo – Jakin e Boaz – e o frontal da
porta principal. Os levitas, no entanto, arrancaram, durante a noite, um pedaço
dessa madeira e o jogaram no fundo de uma piscina probática.
No tempo de Jesus Cristo, os
judeus encontraram essa madeira, inútil no pensar deles, e fizeram uma ponte
sobre o regato de Cedron. Dessa ponte arrancaram três troncos e fizeram a cruz.
Essa é a história resumida da que foi apresentada por Éliphas Lévi em seu livro História da Magia. Não precisa
ser um cientificista para achá-la por demais fantasiosa. No entanto, ela carrega
muita simbologia e informações cabalísticas que apenas um observador experiente
poderia retirar os conhecimentos místicos que a contemplam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário