segunda-feira, 22 de abril de 2013

Os Templários e o nascimento do Brasil

22 de abril de 1500. Nesta data, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil. Portugal, a grande potência da época, estendia agora seus domínios para além do oceano. Para iniciar essa história é preciso voltar um pouco no tempo, até os séculos XI e XII. Naquela época, a religião era um importante componente da sociedade ocidental, fosse ela cristã ou islâmica. E por ela, muita gente lutava e morria. Foi assim – e até por isso – que surgiu um movimento na Europa conhecido como As Cruzadas. Logo na primeira Cruzada, milhares de cristãos marcharam até Jerusalém para libertá-la dos invasores muçulmanos. As batalhas foram intensas e vencidas pelo exército europeu.


Com a conquista da Terra Santa os cruzados voltaram para suas casas. Jerusalém teria ficado desprotegida, não fosse a criação de uma Ordem de Cavalaria. Esses cavaleiros, que ficaram conhecidos como Os Templários, eram monges e guerreiros ao mesmo tempo. Coube a eles proteger os locais sagrados da Terra Santa. Mas logo a Ordem cresceu e seus domínios se expandiram para toda a Europa, tornando-se uma das organizações mais poderosas da Idade Média. A Ordem dos Templários só devia obediência ao Papa. Mas onde havia uma causa cristã lá estavam os cavaleiros do Templo para ajudar. Foi assim nas batalhas contra os mouros na península Ibérica. Lá, os Templários lutaram ao lado dos reis cristãos na reconquista dos territórios ocupados pelos muçulmanos.

Durante dois séculos, os Templários cresceram, enriqueceram e se fortaleceram. Claro que isso chamou atenção e, logo, interesses escusos sobre os bens da Ordem surgiram. O rei da França, Filipe IV, o Belo, interessado no poder financeiro dos Templários, pressionou o fraco papa Clemente V e o levou a dissolver a Ordem. Com isso todas as possessões templárias no reino da França foram confiscadas pelo rei e os cavaleiros presos e julgados no tribunal da Inquisição.

No entanto, esse fato ocorreu no reino da França. Em Portugal a situação foi diferente. Lá, o rei criou uma nova Ordem e transferiu todos os bens dos Templários para ela. Surgiu, assim, a Ordem de Cristo. Essa Ordem conservou toda sabedoria marítima dos cavaleiros do Templo e eles investiram muito do seu dinheiro para as navegações. Com isso, foi criada a Escola de Sagres e Portugal tornou-se a maior potência marítima da época.

É possível ver a cruz da Ordem de Cristo nas ilustrações das caravelas portuguesas. Cruz essa, por sinal, muito semelhante à cruz dos Templários. E um outro dado pode ser somado a todas essas informações: Pedro Álvares Cabral era ele próprio um cavaleiro da Ordem de Cristo.

Para não me alongar demais, vou fechar o texto por aqui. Mas saiba que existem muito mais informações sobre Templários, Ordem de Cristo e navegações, que não foram tratadas, mas que futuramente pretendo inseri-las no Blog. Fica esse post como uma homenagem a esse país que ainda é carente de muitos recursos, mas que mesmo assim eu prezo tanto.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Graus de Oração



Segundo alguns místicos, entre eles Santa Teresa de Ávila, é possível classificar a Oração em níveis. Claro que não há uma lógica matemática na equalização e caracterização desses níveis. Eles podem variar de pessoa pra pessoa. No entanto, aqui vamos subdividi-la em 4 graus.

O primeiro grau

O primeiro grau é aquele em que a pessoa ainda não possui a concentração necessária para entrar em Oração. Isso acontece devido à falta de costume e, por consequência, da distração. Os sentimentos ainda estão muito voltados para o que é externo. Não é fácil entrar em contato consigo mesmo e com aquilo que é mais íntimo em si. Mas é preciso persistir. Nenhum esforço será em vão. Aos poucos, começa-se a conversar com Deus sem uma oração formal. Apenas seguindo aquilo que o coração diz. Iniciando-se com reflexões e culminando com o amor ao divino.

O segundo grau

O segundo grau também é chamado de oração de quietude. Nesse estágio, há uma grande tranquilidade para a mente. Paz, satisfação e felicidade são sentidas por aqueles que oram. A alma fica cheia de Deus. Contém plenitude, graça; é bom e agradável ao mesmo tempo. É uma sensação que não pode ser descrita, apenas aproveitada.

É um estágio que pode ir e voltar algumas vezes durante a prática da oração. Para alcançá-lo basta abandonar as preocupações com as coisas do mundo, permanecer quieto, sem buscar palavras para agradecer ou demonstrar arrependimentos. Não, não faça nada, apenas sinta. Essa é a condição para que se possa adentrar no segundo grau de oração.

O terceiro grau

No terceiro grau, a mente, o pensamento, a memória e a imaginação ficam muito mais sossegadas. Totalmente entregues à oração. As sensações de felicidade, paz e contentamento são maiores do que no segundo grau. Atinge-se um sentimento de devoção e lágrimas de satisfação podem jorrar no rosto.

O quarto grau

Nesse grau, há uma união mais estável, intensa e profunda do que a anterior. É como um estado de um imenso êxtase. A mente já não se atrapalha com as coisas mundanas e esse estágio não vai e volta como nos anteriores, a mente fica totalmente entregue à oração.