sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Cristãos no Oriente Médio

Escrevendo ainda sobre a situação dos cristãos da Síria e Oriente Médio, existe um vídeo, no youtube, que mostra um pouco da realidade deles na região.

(Quero lembrar de que não são apenas os cristãos que sofrem perseguição religiosa. Diversas crenças são suprimidas em regimes totalitários ou que estimulam a intolerância da população àquilo que lhe é diferente. Eu repudio totalmente qualquer forma de perseguição religiosa. Seja ela contra os cristãos ou contra o islamismo, judaísmo, cultos africanos e as muitas outras crenças que existem por aí.)

O vídeo segue abaixo:

O conflito na Síria e os cristãos do Oriente Médio

Ontem, dia 29, o Papa Francisco se reuniu com o rei e a rainha da Jordânia, Abdullah II e Raina. No encontro, os líderes mostraram apreensão com o conflito na Síria e a atual posição dos cristãos da região. Entre eles, há o receio de uma intervenção militar do ocidente.

O problema está no fato de que o governo do presidente sírio Bashar al-Assad protege os cristãos que lá residem. A queda desse regime pode resultar num governo fundamentalista islâmico de total insegurança para outras religiões.

Patriarcas de diferentes denominações cristãs já solicitaram ao Papa Francisco uma posição contrária a um ataque ao país. De fato, experiências anteriores, como a guerra do Iraque, há 10 anos, revelaram-se prejudiciais aos cristãos. Após a queda do antigo regime, extremistas islâmicos conquistaram espaço na configuração de poder da região e a perseguição religiosa aumentou consideravelmente. Situação semelhante ocorreu no Egito, porém, atentos à perda do laicismo do Estado – entre outros motivos – os militares destituíram, em julho, o presidente Mohamed Morsi. Desde então dezenas de ataques às igrejas cristãs se iniciou.

A situação na Síria é ainda mais complexa, pois o país vive uma guerra civil e os rebeldes querem a destituição do presidente Bashar al-Assad. Algumas nações do ocidente já demonstraram apoio a eles, principalmente devido a suspeita de que o governo sírio utilizou armas químicas no conflito.

O Papa Francisco, no entanto, é favorável a uma solução pacífica. O diálogo é visto como a melhor alternativa para a paz no Oriente Médio.









domingo, 25 de agosto de 2013

Os Essênios. Afinal quem eram eles?

Misteriosos. Esse pode ser um dos melhores termos para definir os essênios. Mas não é o único. Eles também são conhecidos por suas práticas medicinais e pelo despojamento material. Suas moradias eram cavernas nas colinas de Qumram, mas também podiam ser encontrados em comunidades nos desertos por toda Palestina. Eles surgiram na época do sumo sacerdote hasmoneu, Jónatas, por volta dos anos 152 a 143 a.C. e foram eliminados na revolta judaica no ano 68.  

Os essênios primavam pelo desenvolvimento espiritual. Por isso, quem entrava na seita tinha que reverter os seus bens em favor da comunidade, vestir-se com as mesmas roupas até que ficassem totalmente inutilizadas e alimentar-se apenas com o necessário para a vida no deserto. Todos vestiam trajes brancos iguais e eram proibidos de vender ou comprar qualquer produto, senão trocar entre eles mesmos. Os prazeres mundanos eram tidos como vícios; o controle das paixões e emoções como virtudes.

A entrada de um novo membro na comunidade era feita através de vários estágios iniciáticos. Isso ocorria ao longo de três anos, até que ficasse provado que o neófito era digno de pertencer à seita. Após admitidos, os novos membros entravam numa rígida hierarquia que devia respeito aos mais velhos ou com graus superiores. Porém, esse fato não era um impedimento para demonstrações de humildade e ajuda ao próximo. Pois, para exercitarem suas virtudes e pureza, eles prestavam ajuda aos mais necessitados.

Mas um dos maiores mistérios que pairam sobre os essênios é a relação deles com João Batista e Jesus Cristo. Sabe-se, hoje, que rituais cristãos como o batismo e a simbólica repartição do pão na hora da ceia já eram realizados pelos essênios. O banho nas águas dos rios era uma prática comum a eles, principalmente antes das refeições. O que se sabe é que tanto Jesus quanto João Batista foram contemporâneos deles. E muitas passagens bíblicas relatam Jesus praticando a cura na população, uma atividade comum à seita.

Os essênios foram dizimados na Revolta dos Judeus contra Roma. Mas, muitas de suas crenças e práticas foram preservadas e passadas, através da tradição, às primeiras comunidades cristãs e aos gnósticos. Assim, muitos de seus ensinamentos ficaram preservados nas escolas de mistérios, chegando até os dias atuais.


   

domingo, 18 de agosto de 2013

Atual situação de algumas igrejas cristãs no Egito

Os recentes conflitos no Egito estão fazendo milhares de vítimas humanas e provocando alguns ataques a igrejas cristãs. Até o momento 22 templos foram destruídos. Desses, 7 eram da Igreja Católica.

O que torna a situação alarmante é que há um conflito entre um partido muçulmano, que tentava transformar o Egito numa nação islamizada e um poder militar que procura manter a ordem democrática no país. O problema é que os militares pretendem realizar a democracia através da violência e de um golpe de Estado. Já os adeptos da Irmandade muçulmana, partido que estava no poder, saíram às ruas em protesto contra o golpe.

Independente de quem está ou não com a razão, o livre exercício da fé deve ser respeitado até o último minuto. Os ataques a templos religiosos, sendo eles cristãos ou não, devem ser repudiados e impedidos através de todas as medidas possíveis. Portanto, cabe ao próximo governante do Egito permitir a liberdade religiosa, pois, mesmo que em minoria (os cristãos representam 10% da população egípcia) a comunidade cristã merece exercer a sua fé, assim como os muçulmanos, judeus e membros de todas as outras religiões merecem ser respeitados com suas crenças, fé e cultura.