terça-feira, 17 de junho de 2014

Inglaterra. Entre os druidas e o graal.

Uma das nações mais fortes nesse mundial é a Inglaterra. Seu amor pelo futebol é tão intenso quanto no Brasil, afinal foram eles que inventaram esse esporte. Mas, fora isso, esse país tem uma tradição mística muito densa, a começar pelos seus ancestrais: os celtas. Esse povo habitou o território inglês alguns séculos antes de Cristo. Mas com a chegada dos romanos e a futura cristianização da Bretanha, eles desapareceram. Muito da tradição mística da atual religião Wicca é fruto da cultura dos Druidas, antigos sacerdotes celtas.

Contudo, apesar do cristianismo na Inglaterra, a antiga religião deixou seus reflexos e permaneceu na nova cultura bretã. A crença em antigos seres feéricos, como gnomos, duendes e fadas persistiu, atravessou séculos e hoje faz parte do folclore popular europeu.

Essas lendas, atualmente, são aceitas e se pode acreditar, ou não, nelas. Na Idade Média, entretanto, não havia liberdade para tais crenças. Quem praticasse ou simplesmente cresse em algo que remetia à antiga religião – também considerada religião da Deusa – seria julgado pelo Tribunal do Santo Ofício e provavelmente queimaria nas fogueiras da Inquisição.

Foi assim, dessa forma, que muitas mulheres morreram acusadas de bruxaria. Mas, na verdade, a maioria delas possuía um conhecimento sobre ervas e, quando muito, louvavam sua Deusa. Esses rituais, em homenagem à Grande Mãe, incluíam sexo, oferendas e o culto a outro deus, o Deus Cornífero. Tratava-se da figura de um bode. Daí para a Igreja Católica associá-lo ao Diabo não precisou muito. Logo, esses rituais passaram a ser praticados em reuniões secretas, no silêncio da noite.

Engana-se, porém, quem acredita que o cristianismo trouxe somente perseguição e censura ao povo da Bretanha. Na Idade Média, quando a posição de cavaleiro adquiriu um grau de nobreza, surgiu uma lenda que povoaria a imaginação de inúmeras pessoas ao longo dos séculos. Afinal, quem não se lembra da imponente Excalibur? Ou senão de Sir Lancelot do Lago? Isso mesmo. Trata-se da história do rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda.

E o que isso tem a ver com o cristianismo? A resposta só pode ser uma, tudo. A começar pela legitimidade divina do reinado de Artur. Deus queria que fosse ele. Somente o rei poderia retirar a espada Excalibur da rocha em que se encontrava. Portanto o reinado estava destinado por Deus a Artur.

Mas pulemos grande parte da história desse reinado para inserir a busca pelo Santo Graal. Oras, o Graal nada mais era do que o cálice em que Jesus bebeu na última ceia e que fora utilizado por José de Arimateia para guardar e transportar o sangue de Cristo. Conta a lenda que Jose de Arimateia teria saído de Jerusalém e viajado até a Inglaterra carregando consigo o cálice sagrado. Onde o objeto se encontra, porém, é uma grande dúvida.

A procura pelo Graal motivou os cavaleiros de Artur a saírem em busca de aventuras nos mais distantes pontos do reino. A Távola Redonda, local de encontro dos cavaleiros, era usada pelo menos uma vez por mês e, nela, havia uma cadeira destinada ao cálice sagrado.

Pela lenda três cavaleiros encontraram o Santo Graal. Mas, na realidade, se há mesmo um cálice contendo o sangue de Cristo não se sabe. Existem inúmeras especulações. Uma delas, famosa pelo livro O Código Da Vinci, diz que o Graal é a linhagem de Cristo, que teria se casado com Maria Madalena e com ela teve uma criança. Após a crucificação, Maria Madalena teria viajado com a criança para o sul da França e dado início à Dinastia Merovíngia. Coube aos cavaleiros Templários guardar a linhagem sagrada e mantê-la em sigilo.

Essa é apenas uma das inúmeras histórias que podem ser contadas sobre o folclore e mitologia bretã. Há muito ainda a ser lembrado e relatado aos que se interessam pelo assunto. É o que tentaremos fazer aqui nesse Blog.

Obrigado pela sua leitura e não deixe de enviar um comentário. 



    



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