quinta-feira, 12 de junho de 2014

Que venha o hexa!

Hoje tem início a tão esperada Copa do Mundo. É com muito amor e ufanismo que o Brasil festeja essa data. Não à toa. Estamos no dia dos namorados e o primeiro jogo do mundial é nosso. Os sentimentos estão à flor da pele. Mistura-se o amor à pátria com o amor entre namorados. É isso o que o futebol desperta em nosso povo: um conjunto de emoções.

Essa comunhão de sentimentos provocados pela Copa tem a capacidade de unir as diferentes etnias, ideologias e credos. Sendo assim, é um importante momento para reparar diferenças e cultivar a convivência pacífica entre as religiões, independente de suas origens.

Está na hora dos evangélicos aceitarem os cultos afrobrasileiros, os católicos respeitarem os pentecostais, os judeus não se auto segregarem e os muçulmanos aceitarem que a arte pode ser divertida, mesmo quando brinca com a religiosidade.

É claro que isso é uma grande utopia. Mas o Brasil é um país que permite o livre exercício de religião (desde que dentro da lei). O problema é que há uma grande sombra fundamentalista no congresso nacional e nas câmaras estaduais e municipais. Essa corrente política e religiosa se constitui por meio de uma bancada evangélica que prega rígidos valores morais (apesar de muitos de seus políticos serem acusados de corrupção) e preparam, na surdina, leis que dificultam ou coíbem a liberdade de culto para minorias religiosas.

Esse não é o Brasil visto nos filmes e nas propagandas, um país em que a diversidade e a miscigenação fazem parte de sua história e definem sua identidade. É preciso muito cuidado com o preconceito (escondido ou disfarçado) e a intolerância, sob suas muitas formas, nesse caso a religiosa.

Mas voltemos à Copa. Esse mundial de futebol promete ser inesquecível. Todo o país está de olho nele. Isso sem contar na enorme quantidade de estrangeiros que, nesse exato momento, estão em terras brasileiras. O Estado de enormes proporções transformou-se em um verdadeiro continente, com cores, línguas, culturas, religiões e nações que brindam, festejam e alegram as ruas por onde passam. Ainda assim, não roubam o sentimento que os brasileiros têm pelo país. O nacionalismo está presente em cada bandeira exposta em prédios, carros, muros; e em todo coração que, gostando ou não de futebol, está atento aos gramados onde pisará cada jogador brasileiro.

E que venha o hexa!


 
   
  


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